São Paulo, sexta-feira, 25 de abril de 1997 |
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Oficial morto deixou uma carta a colegas
IGOR GIELOW
"Se vocês lerem esta carta, isso significa que morri em ação na casa do embaixador japonês (...) Não fiquem triste", dizia o texto. "A única coisa que quero que digam é que Valer era um bom homem", diz o texto. Ele tinha dois filhos e fazia parte da guarda pessoal do filho do presidente Fujimori, Kenji. Sandoval foi morto com três tiros ao proteger a saída do chanceler peruano, Francisco Tudela, do prédio ocupado. Baleado na perna, o ministro Tudela foi operado e está bem. Sandoval era um dos comandantes da ação. Ele e o outro militar morto, tenente Raúl Jiménez Chávez, 27, foram promovidos postumamente ontem. "Eles são heróis da pátria", disse o presidente no funeral. Kenji, 16, chorou durante o funeral. "Seu amigo Kenji e todos os seus amigos no comando Pachacutez vão sempre lembrar você como nosso amigo", disse o menino, antes de beijar o caixão. O tom emotivo da cerimônia refletia o clima de Lima ontem. Todos os jornais ressaltaram a operação como um grande sucesso, e alguns usaram tintas patrióticas e ufanistas. "Viva o Peru" era a vinheta que acompanhava as reportagens no "Expreso". Na região próxima à residência do embaixador do Japão, palco da ação de terça-feira à tarde, alguns moradores colocaram flores nas ruas. A área permanece isolada. A Polícia Nacional mantém proibida a entrada no prédio. (IG) Texto Anterior: Casa nova; Volta ao Congresso Próximo Texto: Fujimori agora investirá em 3º mandato Índice |
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