São Paulo, sexta-feira, 25 de abril de 1997
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País vive calma rara

IGOR GIELOW

em Lima
Um ano após a Operação Vinhas da Ira, quando Israel lançou ataques contra o Hizbollah (Partido de Deus) no sul do Líbano, o país vive um de seus períodos mais calmos.
O Líbano se tornou independente da França (que o dominava desde 1920) em 1943. Viveu turbulências nos anos 50 e, entre 1975 e 1990, uma guerra civil.
O acordo de Taifa, firmado em 1989, lançou as bases para o governo multiconfessional no Líbano no qual o presidente cedeu poderes para o primeiro-ministro.
O general cristão Michel Aoun lutou até 1990 contra o acordo, sendo derrotado com o apoio da Síria. Até hoje, 40 mil soldados sírios estão no Líbano.
Em 1992, após um período de turbulência, assumiu o atual premiê, o sunita Rafik Hariri. Fazendo delicadas negociações com a Síria, Hariri mostrou-se grande negociante.
Trouxe bilhões em investimentos, garantindo o início da reconstrução do país após 15 anos de guerra civil. Enfrenta grandes críticas internas, que o acusam de corrupção e nepotismo.
Após a ofensiva israelense de um ano atrás, Hariri teve de lidar com outro problema: o Hizbollah, que ganhou muito apoio, elegeu parlamentares no ano passado e tenta se firmar como partido.
(IG)

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