São Paulo, domingo, 27 de abril de 1997![]() |
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Causas ainda são um mistério
JAIRO BOUER
Hoje, já se sabe que há um componente genético. O filho de um esquizofrênico tem 10% de chance de ter a doença e o irmão de um doente, 17%. Se for gêmeo idêntico, esse valor salta para 50%. Aparentemente, qualquer fator que compromete o desenvolvimento neurológico (do cérebro) durante a vida fetal também pode tornar a pessoa mais vulnerável à esquizofrenia. A doença atinge entre 0,5% a 1% da população e, geralmente, se manifesta na adolescência ou início da vida adulta. Os sintomas são persistentes e a doença tem um padrão crônico. A cada surto, pode haver uma maior deterioração do funcionamento social do doente. Ele fica mais apático, retraído, tem dificuldade de expressar seus afetos, passa a ter o pensamento desorganizado e o discurso empobrecido. Durante o surto aparece uma série de sintomas como alucinações auditivas, delírios (de perseguição, de grandeza ou de conteúdo místico) e comportamento bizarro (agressividade, isolamento e resistência). Mario Rodrigues Louzã Neto disse que a intervenção precoce e a prevenção de novos surtos são aliados importantes no tratamento. Segundo ele, os pais precisam estar mais atentos a mudanças abruptas de comportamento dos seus filhos e devem procurar ajuda de um especialista sempre que desconfiarem que as alterações são significativas. (JB) Texto Anterior: Centro tenta reintegrar pacientes à sociedade Próximo Texto: Tratamento deve ser 'sob medida' Índice |
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