São Paulo, domingo, 27 de abril de 1997![]() |
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Tratamento deve ser 'sob medida'
JAIRO BOUER
O tratamento também não pode ser padronizado. Ele deve ser "desenhado" para cada paciente. Uma "prescrição" individual das atividades é um dos preceitos básicos dessa abordagem mais ampla. A psicoterapia faz com que os esquizofrênicos tomem maior consciência da sua doença e os ajuda a lidar melhor com as dificuldades e limitações que enfrentam. As abordagens sociais são fundamentais para reinserir o doente na sociedade e fazer com que ele desenvolva ou reaprenda habilidades para lidar com situações cotidianas. O trabalho com os familiares é outro ponto importante para melhorar o ambiente domiciliar. As pessoas que convivem com a esquizofrenia devem entender que ela é uma doença incapacitante, crônica e que provoca um prejuízo importante no rendimento do doente. Os familiares devem se esforçar para reduzir o estresse dentro de casa e para tentar entender os limites que o esquizofrênico enfrenta. Ele não deixa de fazer suas atividades porque é "preguiçoso". O esquizofrênico é uma pessoa com pouca iniciativa, pouca identidade social, contato afetivo precário, com perda da capacidade de trabalho e dos vínculos familiares. Nesse contexto, ele deve ser entendido e estimulado. Não cobrado e exigido com expectativas que superam sua potencialidade. (JB) Texto Anterior: Causas ainda são um mistério Próximo Texto: Pesquisa relaciona acidentes com doença; Centro orienta planejamento familiar; Forma de aplicar vacina diminui custo; Livro ensina como ler um eletrocardiograma; USP faz pesquisa sobre surdez na infância; Cirurgia torácica terá congresso em SP; Risco de infarto diminui com estudo Índice |
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