São Paulo, domingo, 27 de abril de 1997
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Negócio fica mais fácil em português

Transações dispensam o inglês

OSCAR RÖCKER NETTO
DA REPORTAGEM LOCAL

Não é necessário falar inglês para se tornar comprador de imóvel em Miami, na Flórida (EUA). O volume de vendas para brasileiros introduziu a língua portuguesa nas salas de negócios da cidade.
Duas das principais imobiliárias de São Paulo, a Coelho da Fonseca e a Lello, têm escritórios lá, com telefonistas e corretores dizendo "bom dia" ao telefone.
Além disso, boa parte dos representantes de imóveis de Miami no Brasil também dispõe do recurso.
"Os brasileiros precisavam de alguém falando o idioma deles", afirma Sérgio Ferrador, diretor da Lello, que tem escritório com 13 funcionários (12 falam o português) na Brickel Avenue, coração de negócios de Miami. O escritório foi montado em 1991.
"Brasileiro gosta de ser levado no colo, quer atendimento personalizado", justifica Aluisio Soares da Silva Jr., 45, diretor da Coelho da Fonseca, cujo escritório norte-americano foi montado em 94.
A Coelho da Fonseca mantém oito funcionários na cidade, em um espaço de 800 m2, onde funcionam outras sete empresas que prestam serviços para brasileiros.
Além de vender, esses postos avançados de empresas brasileiras também se responsabilizam pela administração do imóvel.
Prestam serviços como checar a correspondência, pagar o condomínio e providenciar faxineira ou encanador, quando for necessário. A taxa mensal média de administração fica em torno de US$ 100.
"Isso é essencial para o brasileiro que é dono de um imóvel a 6.548 km de distância", diz Gabriela Rosito Haddad, 28, diretora da Halmoral Inc.. A empresa também tem escritório em Miami e administra 105 imóveis na cidade -80 deles de donos brasileiros.
Por meio dos escritórios, o proprietário também pode vender ou alugar o imóvel em Miami. O aluguel pode dar uma boa ajuda no pagamento do bem.
Mas é necessário saber na hora da compra se o condomínio permite a locação. Há autorização para locações de curto e longo período. Alguns empreendimentos não permitem que o proprietário alugue seu imóvel.
Entrando no "pool" de locação, o proprietário embolsa 50% do valor do aluguel. No Mutiny, por exemplo, a diária sai por US$ 160.

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