São Paulo, segunda-feira, 28 de abril de 1997
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A novidade

CIDA SANTOS

A semana promete novidades na seleção brasileira, agora na era Radamés Lattari. O novo técnico vai começar a testar uma nova formação para o time titular. A idéia central é ter um ataque da pesada, com Max e Marcelo Negrão jogando pelas pontas. Esse sistema, nunca antes usado na seleção, só pode ser possível porque na Liga Mundial entra em cena um novo personagem: o líbero.
Radamés quer usar o líbero, jogador que só entra no fundo da quadra e não pode atacar nem sacar, para reforçar o ataque. É isso mesmo: o líbero, esse especialista na arte do passe e da defesa, entraria sempre no lugar de um dos atacantes de meio e seria o responsável em dar aquela bola certinha na mão do levantador. E você sabe, com um passe perfeito, o ataque do time faz a festa.
Com o líbero, Radamés equilibraria o ponto mais vulnerável dessa formação com Max e Marcelo Negrão: o passe e a defesa. Negrão ainda não tem uma recepção perfeita: ele só estreou nessa função na última temporada no Banespa. Já Max, no esquema do técnico, jogaria da mesma forma que atuou em Suzano: na diagonal do levantador e ficaria fora da recepção.
A outra peça que comporia o esquema seria um outro ponteiro com boa recepção. Há quatro alternativas: Carlão, Nalbert, Giba ou Kid. Vai depender de qual desses três últimos será escolhido para ser o líbero. Uma opinião: pelo que Nalbert jogou na Superliga, é um desperdício ele ser usado só como líbero.
Uma das dificuldades de Radamés é o regulamento da Liga, que exige nos jogos a presença de oito jogadores que atuaram em Atlanta-96. Somados os dois levantadores, ele só poderá testar dois novos atletas a cada jogo. A idéia é fazer um revezamento e a cada partida levar um ponteiro e um central. Na fila, por essas duas vagas, estão Kid, Giba, Douglas, Gustavo, Braz, Itápolis e Douglas.

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