São Paulo, segunda-feira, 28 de abril de 1997
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O rock está um ano à frente em Olinda

THALES DE MENEZES
ENVIADO ESPECIAL A OLINDA (PE)

O Abril Pro Rock é mesmo o maior festival do país. Gostem ou não, cada edição do evento é a vitrine do que vai rolar no rock brasileiro nos 12 meses seguintes.
O festival divulga, principalmente, a cena pernambucana, mistura de rock com maracatu que ganhou o rótulo mangue beat e revelou, entre outros, Chico Science & Nação Zumbi e Mundo Livre S/A.
Este ano, o evento foi permeado por homenagens a Science, morto num acidente de carro em janeiro. No encerramento, o ex-Sepultura Max Cavalera cantou com a Nação Zumbi, relembrando Science.
Hoje, uma semana depois do festival, a emoção da catarse Max/Nação já passou, o calor insuportável de Olinda foi deixado para trás e o cansaço da maratona de 33 shows em três noites está recuperado.
Assim, dá para analisar o que cada banda rendeu (veja quadro ao lado) e arriscar previsões. Lá vai:
a) o Abril Pro Rock melhora a cada ano e ainda tem mais a crescer;
b) Pernambuco continua gerando bandas sem parar, mas poucas conseguem superar a simples cópia de Science e Mundo Livre;
c) o hardcore Devotos do Ódio vai emplacar nacionalmente;
d) pelo assédio em cima de Dado Villa-Lobos, os discos póstumos do Legião vão vender horrores;
e) o rock não vai morrer.

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