São Paulo, segunda-feira, 28 de abril de 1997 |
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Do mestre, com carinho
DA REDAÇÃO Será por acaso que, em plena era Vera Cruz (1952), Humberto Mauro realizou "O Canto da Saudade" (Multishow, 1h)?Tudo parece disposto em oposição ao "grande cinema": a narração confessional, os atores amadores, a produção modesta. No mais, vê-se ali um país imaginário (o da memória), em contraste com outro país imaginário (o de estúdio). E Mauro navega pelas paisagens do interior de Minas como peixe n'água, contando a belíssima lenda de Galdino, o sanfoneiro apaixonado. Vai do simplório à simplicidade. Passa do humor à tragédia de amor. Usa da sanfona do carro de bois para dominar o ritmo e a musicalidade. "O Canto" é uma lição carinhosa de cinema, e talvez o melhor filme sonoro feito no Brasil. Texto Anterior: 'Agente 86' serve de refresco no pós-guerra fria Próximo Texto: Murilo Pontes visita Greenville Índice |
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