São Paulo, segunda-feira, 28 de abril de 1997
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Transportes públicos são ruins e baratos

CLAUDIO GARON
DO ENVIADO ESPECIAL AO PERU

Os transportes públicos nas áreas urbanas e rurais do Peru são muito baratos, mas muito ruins.
Uma viagem de avião de Lima a Arequipa, pouco mais de uma hora de vôo, pode custar uns US$ 50, mas o espaço entre as cadeiras é aparentemente menor do que nos aviões domésticos brasileiros.
Já o transporte nas cidades obedece a algo próximo da lei das selvas. Em Lima, por exemplo, o principal meio de transporte são as "kombis" de qualquer marca.
Vans particulares disputam os passageiros aos gritos. Nos horários de pico, chega a ser um espetáculo observar a quantidade de passageiros que cabe em cada uma.
Os turistas que ficarem longe do hotel sem transporte -ou quiserem se aventurar sozinhos pela capital peruana- contam com uma quantidade infinita de táxis. Para entrar na praça, até recentemente, bastava comprar um adesivo e grudar no pára-brisa.
Os táxis costumam ser velhos, mas muito baratos. Uma corrida do bairro boêmio de Barranco até o centro depois da meia-noite, trajeto feito em cerca de 20 minutos, custa apenas 15 soles -US$ 5,7.
Em Lima e noutras cidades peruanas, os taxistas chegam a disputar os passageiros. Eles encostam ao lado de qualquer pessoa com cara de turista, buzinam e perguntam: "Táxi?"
Outro espetáculo, esse nos Andes, são as camionetes que levam os nativos de volta a suas aldeias nas tardes de domingo: sempre cabe mais um.

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