São Paulo, segunda-feira, 28 de abril de 1997
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Empresa disputa longo alcance

ERNESTO KLOTZEL
ESPECIAL PARA A FOLHA

Derivados dos já conhecidos A-340/300, dois novos jatos da Airbus vão preencher os vazios na faixa de capacidade de transporte ameaçada pelos diversos modelos do versátil Boeing-777.
Contanto com divisão para três classes, o A-340/500, para 315 passageiros, e o A-340/600, para 383 passageiros, se diferenciam pelo longo alcance, o que já era uma característica dos A-340/200 e 300.
São aeronaves capazes de cobrir, sem escalas, distâncias entre 12.000 km e quase 16.000 km, possibilitando vôos que podem cobrir com muita folga qualquer distância origem-destino que seja planejada pelos operadores.
Esses dois modelos também devem ser anunciados oficialmente em Le Bourget. A entrada em operação está prevista para 2001. Segundo o fabricante, o modelo A-340/600 vai competir com os Boeing-747/100 e 200.
Tudo isso deverá ocorrer durante a tão necessária transformação do consórcio europeu Airbus Industrie em empresa.
Entre outros benefícios, a transformação permitirá a admissão de novos sócios (e parceiros de risco), a negociação de ações em Bolsa e a obtenção de empréstimos.
É uma providência esperada pela comunidade internacional de negócios, pelos governos envolvidos e até pela concorrência.
Disputa
Com o virtual desaparecimento da McDonnell Douglas do cenário da aviação comercial, só restam a Boeing Commercial Airplane Company e a Airbus Industrie para disputar o mercado mundial dos jatos comerciais na faixa de 100 a 400 passageiros.
A concorrência entre o tradicional fabricante de Seattle e o consórcio europeu de franceses (Aerospatiale), britânicos (British Aerospace), alemães (Dasa) e espanhóis (Casa) tem sido cada vez mais acirrada em todas as faixas de capacidade de transporte e alcance de vôo, com uma importante exceção: a da aeronave Boeing-747, que originou o termo "jumbo".
Arredondando os percentuais de participação no mercado mundial, a Boeing fica com cerca de 60%, e a Airbus, com 35%.
(EK)

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