São Paulo, terça-feira, 29 de abril de 1997
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Aprenda a reduzir consumo

DA REPORTAGEM LOCAL

Apenas com algumas mudanças de hábito é possível economizar de 10% a 15% do consumo de energia.
Indústrias e escritórios também podem colaborar. No total, segundo a Agência para a Aplicação de Energia, órgão ligado à Secretaria de Estado da Energia, cerca de 20% da energia consumida em São Paulo é desperdiçada.
Dados do Ministério das Minas e Energia estimavam, em 1996, que o país perde R$ 2,5 bilhões por ano com desperdício de energia. Da quantia, R$ 1,5 bilhão fica por conta dos hábitos inadequados e equipamentos ineficientes.
Segundo o presidente da Cesp, Andrea Matarazzo, o consumo doméstico de energia cresceu com o Plano Real. "O perfil do consumidor mudou, há mais eletrodomésticos."
Nos domicílios, o maior vilão é o chuveiro elétrico, responsável por cerca de 30%, na média, do consumo.
Numa casa com três pessoas, um chuveiro de 4.000 W ligado por 30 minutos todos os dias gasta 60 kW/hora por mês. Levando em conta que o consumo médio de energia numa casa assim gira em torno de 250 kW/hora, só o banho leva quase um quarto da conta de luz.
Por isso, recomenda-se tomar um banho curto, com o chuveiro na posição "verão".
A geladeira fica com mais 25% do consumo. Para que ela não gaste além do devido, deve ser instalada em local ventilado e fresco. As borrachas vedantes precisam ser trocadas quando estiverem frouxas e a porta deve ficar aberta pouco tempo.
A iluminação é o terceiro vilão, levando 20% da energia. É bom aproveitar ao máximo a luz natural e usar lâmpadas fluorescentes. Para o ferro de passar e a máquina de lavar, é recomendável acumular roupa antes de usá-los.
Em relação aos horários, não se deve tomar banho ou ligar muitas máquinas entre as 17h30 e as 20h30.
Nos escritórios, agências bancárias e serviços em geral, o consumo maior fica por conta da luz e do ar-condicionado.
A agência faz hoje um trabalho de conscientização junto com arquitetos e engenheiros para que o projeto de edificações comerciais valorize a luz natural e a circulação de ar.
Já nas indústrias, os motores elétricos respondem por metade do consumo. Muitas acabam desperdiçando ao usar motores de capacidade acima da necessária. Também se perde energia na rede de transmissão entre as hidrelétricas, subestações e o consumidor.
A Cesp registra uma perda de 3%, o que estaria dentro dos padrões mundiais.

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