São Paulo, quinta-feira, 1 de maio de 1997
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Antonio Ermírio descarta concentração

DOS ENVIADOS ESPECIAIS AO RIO

O presidente do Consórcio Valecom, Antonio Ermírio de Moraes, discordou da afirmação de Gesner Oliveira, presidente do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), segundo a qual haverá concentração de poder econômico com a privatização da Vale do Rio Doce.
Antonio Ermírio disse que o Cade está na contramão da História, porque o mundo de hoje mudou com a globalização.
Globalização
Ele disse que os reflexos da globalização já atingem o grupo Votorantim, que era conhecido como uma empresa familiar, fechada e nacionalista.
"Isso é coisa do passado. Hoje, com essa globalização, temos que dar um passo à frente, porque ou você se moderniza, ou não vai sobrar ninguém para contar a história."
Antonio Ermírio disse que os próprios ministros brasileiros da área econômica estão cansados de saber disso.
Segundo Ermírio, o Cade não manifestou preocupação quando a Alcoa fazia parte do consórcio Brasil, o rival do consórcio Valecom, na privatização da Vale do Rio Doce.
Alcoa
"Até anteontem, a Alcoa fazia parte do Consórcio Brasil. Ela é a maior produtora de alumínio do Brasil, tem uma fábrica em Poços de Caldas, onde produz 90 mil toneladas por ano, e tem a Alumar, no Maranhão, que produz 340 mil toneladas."
"Então , somando as duas dá 430 mil toneladas superior à própria Vale."
Benjamin Steinbruch, do Consórcio Brasil, liderado pela CSN, afirmou não conhecer o relatório do Conselho Administrativo de Defesa Econômica que acusa o formato do leilão da Companhia Vale do Rio Doce de promover a monopolização de determinadas áreas da produção.
Participações
Segundo Steinbruch, as participações acionárias no setor de siderurgia são minoritárias e o modelo proposto pelo Consórcio Brasil não promoverá concentração, já que não terá acionista controlador.

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