São Paulo, quinta-feira, 1 de maio de 1997
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Roqueiro, Blair imitou Mick Jagger

PAULO HENRIQUE BRAGA
DE LONDRES

Tony Blair espera conseguir hoje cumprir a tarefa que colocou para si mesmo em 1994: tornar o Partido Trabalhista novamente elegível, conduzindo-o para o centro do espectro político.
Blair, 43, assumiu a chefia do partido após a morte de John Smith. Dois anos antes, o candidato do partido, Neil Kinnock, havia sido derrotado nas urnas por Major, depois de liderar as pesquisas.
Segundo Blair, sua postura continua sendo fiel à dos criadores do partido, de raízes socialistas.
O que ele diz fazer hoje é adaptar o ideal socialista à realidade, embora evite citar a palavra "socialismo" em seus discursos. Hoje, as promessas do "novo trabalhismo" não são de revolução, mas simplesmente de cumprir os compromissos de campanha.
Blair conseguiu diminuir a rejeição dos trabalhistas entre a classe média distanciando-se da antiga imagem de uma agremiação sob o domínio dos sindicatos.
Também foi capaz de redirecionar suas propostas sociais. A idéia que antes era "ajudar o cidadão" passou a ser "ajudar o cidadão a ajudar a si mesmo".
Blair é filho de um simpatizante do Partido Conservador. Estudou em uma das melhores escolas privadas da Escócia e cursou direito em Oxford, trabalhando depois com direito sindical.
Durante a época de faculdade, não se interessava por política. Sua maior paixão era uma banda de rock chamada Ugly Rumours (literalmente, Rumores Feios), da qual era vocalista e guitarrista.
Blair, que no palco imitava o estilo de Mick Jagger, vocalista dos Rolling Stones, disse em entrevista ser "da geração do rock and roll".
Blair é casado com Cherie Booth, considerada uma das melhores advogadas do país.
(PHB)

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