São Paulo, sábado, 3 de maio de 1997 |
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Neste ano, país só participa do Mercado Internacional
AMIR LABAKI
Apenas um filme brasileiro participa oficialmente de Cannes-97. "Deus e o Diabo na Terra do Sol", de Glauber Rocha, foi selecionado para o ciclo "Descobertas". A exclusão da retomada do cinema brasileiro do programa é um dos equívocos do festival deste ano. A ausência da disputa não surpreende: é preciso estabilizar uma curva ascendente para que a vaga apareça. Já a Quinzena dos Realizadores dormiu no ponto. Com isso, será o Mercado Internacional de Filmes a porta de entrada para a nova geração brasileira. Dos três filmes de estreantes, os dois que já vi mereceriam maior destaque: "Um Céu de Estrelas", de Tata Amaral, e "Baile Perfumado", de Paulo Caldas e Lírio Ferreira. O terceiro é "Os Matadores", do talentoso diretor Beto Brant. "Como Nascem os Anjos", de Murillo Salles, também programado, é forte candidato a melhor filme brasileiro da década. Já os três outros têm em comum a aposta numa empatia com o mercado: "O Homem Nu", de Hugo Carvana, "O Cangaceiro", de Anibal Massaini Neto, e "Ed Mort", de Alain Fresnot. "O Cangaceiro" e "Baile Perfumado" terão duas projeções cada. Os demais, apenas uma. (AL) Texto Anterior: 'Palma foi maldição', diz Anselmo Duarte Índice |
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