São Paulo, sábado, 3 de maio de 1997
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REPERCUSSÃO

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente de honra do PT - "Todos nós perdemos com a morte do Paulo Freire. Ele era a síntese daquilo que a gente sonha que a espécie humana seja. Falar dele morto é quase impensável. Com a quantidade de serviços prestados aos excluídos do mundo inteiro, acho que o Paulo Freire continua vivendo entre nós por muitos e muitos séculos ainda."

Eduardo Suplicy, senador (PT) - "Foi uma pessoa que ensinava aos outros o sentido da palavra, além de simplesmente alfabetizar. Foi uma das pessoas mais perseguidas pela ditadura porque fazia todos pensarem sobre o porquê de estarem desempregados ou recebendo salários tão iníquos."

José Genoino, deputado federal (PT) - "Marcou a história do Brasil, saindo da concepção formalista de educação para uma concepção libertária -como ato de exercício da cidadania. A atualidade de sua obra é muito grande. Foi una perda.
Pedro Jacobi, 47, professor da Faculdade de Educação da USP e vice-presidente do CEDEC (Centro de Estudos de Cultura Contemporânea) - A referência fundamental do trabalho de Paulo Freire é a capacidade de incluir os excluídos no contexto de uma sociedade mais democrática. Era uma pessoa que tinha um profundo respeito até pelas pessoas que discordavam dele."

Maria Victoria Benevides, 54, socióloga e professora da Faculdade de Educação da USP - "Lembro aos mais jovens que ele era uma pessoa muito doce e generosa, mas também um crítico implacável do oportunismo e do adesismo tendo mantido coerência em relação aos princípios democráticos."

Roberto Felício, 45, presidente da Apeoesp (Associação dos Professores do Ensino Oficial do Estado de SP) - "Os educadores do país estão de luto. Paulo Freire pensava a educação não apenas como o domínio da escrita, mas como instrumento de emancipação política da população brasileira."

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