São Paulo, domingo, 4 de maio de 1997
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Liderança

RODRIGO BUENO

Quando estamos há pouco mais de um ano da Copa da França, os técnicos de várias seleções começam a procurar líderes para suas equipes. Novos nomes? Longe disso. Os treinadores foram buscar a liderança que tanto desejam no passado.
Sentindo a falta de um capitão em campo, Zagallo recorreu a Dunga, homem-forte do tetracampeonato. Às vésperas do Torneio da França e da Copa América, o voluntarioso volante foi pinçado de volta à seleção, assim como Romário, Taffarel e Márcio Santos, seus companheiros no Mundial de 94.
O técnico da Itália, Cesare Maldini, também demonstrou não ter esquecido da Copa dos EUA. Na reta final das eliminatórias, desenterrou Roberto Baggio. O "atleta de Buda", herói -e, no final, vilão- da campanha italiana em 94, marcou na quarta-feira o terceiro gol de seu time na vitória de 3 a 0 contra a Polônia, devolvendo de vez a confiança à Itália.
Outras equipes também têm como grandes mentores craques que brilharam nos EUA.
O veterano Hagi segue sendo o comandante da Romênia, única seleção européia com 100% de aproveitamento de pontos nas eliminatórias.
O grandalhão Kennet Andersson, com dois gols contra a Escócia, continua o salvador da Suécia. Valderrama, mesmo com 35 anos, ainda chefia a Colômbia. Por esses e outros é que Maradona ainda é a maior esperança do Boca Juniors, se candidatando a líder da Argentina nos gramados franceses.
Mas, para obter sucesso em importantes competições, será mesmo necessária a liderança?
Michael Jordan, o superastro do basquete, guia do Chicago Bulls, disse que é na hora decisiva -no caso da NBA, os playoffs- que "você separa os homens dos meninos".
Como o Mundial de 98 está cada vez mais perto, nada mais justo do que os técnicos apostarem em seus Michael Jordans, afinal eles não são muitos.

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