São Paulo, domingo, 4 de maio de 1997 |
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Curso recomenda trocar a novela por campo e bola
FERNANDO ITOKAZU
São 20 matriculadas no curso de duração de quatro meses. As alunas têm entre 18 anos e 42 anos e pagam uma matrícula de R$ 50. As aulas acontecem às quintas-feiras, das 19h às 21h30. "O curso surgiu devido à própria necessidade. As árbitras no futebol brasileiro são raras", afirmou Sérgio Cenedezi, 33, diretor da escola. Segundo Cenedezi, a escola da Federação Paulista de Futebol não conseguiria promover o curso agora, por isso o sindicato assumiu a tarefa. O curso prevê estágio para as alunas. "No meio do curso, elas devem começar a atuar como auxiliares em jogos das categorias menores", afirma o diretor. Cenedezi diz que as alunas passarão por duas avaliações e que o curso deve ser reconhecido pela Federação Paulista de Futebol. "A intenção é que elas atuem no Paulistana (Campeonato Paulista feminino) de 98", afirma. O secretário da escola Adriano Stange, 18, que fez o curso masculino e acompanha as aulas, diz que há diferença entre um curso masculino e o feminino. "Elas são bem interessadas, mas a diferença é que os homens conhecem mais sobre futebol", afirma Stange. "A gente até recomenda que elas troquem a novela pelo futebol." Preparação Segundo o diretor da escola, o curso inclui preparação física e psicológica. "Temos uma profissional fazendo o acompanhamento psicológico do grupo", afirma. Gisella Pulverenti, 29, é a psicóloga responsável e uma das alunas do curso. "O que eu pude notar nessas primeiras aulas é que as mulheres estão receosas, com medo. O que não combina com o perfil de um árbitro", afirma Gisela. A psicóloga diz que vai realizar trabalhos periódicos para corrigir essa deficiência. Texto Anterior: Lusa começa a perseguição ao 'número mágico' hoje Próximo Texto: Aluna 'acidental' procura seguir a recomendação Índice |
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