São Paulo, domingo, 4 de maio de 1997 |
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Refeição pede um digestivo
PAULO FERRETTI Cinco séculos antes de Cristo, Hipócrates produziu uma bebida à base de vinho, ervas aromáticas e flores de artemísia, algo que poderia ser definido como o ancestral do atual vermute. Na Idade Média, por volta do século 9, monges, boticários e alquimistas, em busca de fórmulas milagrosas, misturavam toda sorte de plantas e frutas a destilados, criando assim várias bebidas conhecidas atualmente como digestivos.São atribuídas a essas bebidas propriedades digestivas, diuréticas e antitérmicas e, por esse fato, aconselhadas a serem saboreadas após as refeições. Em suas composições encontramos raízes como o gengibre, folhas como a sálvia e flores como a violeta, além de nozes, frutas, sementes e cascas de árvores que, normalmente, são adicionadas a um destilado ou a um vinho, cedendo-lhes seus aromas, sabores e cores. A quantidade de bebidas digestivas é enorme, sendo várias delas muito consumidas no Brasil. Fazem parte dos digestivos os vermutes, como o Martini e o Cinzano, todos os tipos de licores, os "bitters" (amargos), como o Campari, os vinhos fortificados, como o Porto, o Jerez e o Madeira e brandies, como o Cognac e o Calvados. Texto Anterior: Clássica e saborosa Próximo Texto: Preparado para o mergulho Índice |
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