São Paulo, segunda-feira, 5 de maio de 1997 |
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Medida preocupa empresários
FERNANDO GODINHO
A rigor, a medida não afeta o comércio entre os dois países, pois a grande maioria das exportações uruguaias para o Brasil é financiada em prazos inferiores a 360 dias. A questão é política. No mês passado, quando se encontrou com o presidente da Argentina, Carlos Menem, no Rio de Janeiro, FHC se comprometeu a não tomar medidas desse tipo sem consultar previamente seus parceiros no Mercosul (Argentina, Uruguai e Paraguai). No Uruguai, essa consulta prévia não foi feita. Assim, as autoridades uruguaias e lideranças empresariais do país encaram com desconfiança as decisões e promessas de FHC e de sua equipe econômica. O assunto foi tratado ontem nos principais jornais do país -"El País", "El Observador" e "La República". "Parece que as palavras e as promessas brasileiras são levadas pelo vento. Esse tema se refere à confiabilidade dos governos (do Mercosul) e dos empresários sobre o que dizem e prometem os brasileiros", disse o "El Observador" em editorial publicado ontem. Além de Ruth Cardoso, a comitiva de FHC inclui os ministros Luiz Felipe Lampreia (Relações Exteriores), Alcides Saldanha (Transportes) e Francisco Dornelles (Indústria e Comércio). Texto Anterior: FHC deve enfrentar protesto estudantil Próximo Texto: PT mantém Buaiz, mas exige ataque a FHC Índice |
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