São Paulo, segunda-feira, 5 de maio de 1997
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Aluno quer reajustar para professor

DANIELA FALCÃO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Além de apontar os principais problemas das escolas que frequentam, os alunos que participaram da corrente também deram sugestões para melhorar a qualidade das escolas.
Mais de 50% das cartas fazem referência à necessidade de elevar os salários dos professores. É o caso da carta da carioca Lidiana Faustino, 12, que pede ao presidente Fernando Henrique Cardoso que aumente os salários dos professores para que eles "tenham vontade de exercer sua ocupação".
Boa parte das sugestões dizem respeito à metodologia que deveria ser usada em sala de aula. Os alunos querem, por exemplo, que a carga horária seja aumentada para oito horas diárias, incluindo atividades esportivas e de lazer.
"Eu também tenho medo que muita gente me chame de louco por querer estudar oito horas por dia, mas é só uma idéia", diz a carta do estudante pernambucano Daniel Moraes, 16.
Os alunos também reivindicam que haja maior volume de aulas práticas e de disciplinas voltadas para o ensino profissionalizante.
Os trabalhos e atividades em grupo também deveriam ocorrer com mais frequência, segundo os alunos que participaram da corrente.
Uma das cartas chega a propor que os cursos profissionalizantes sejam oferecidos a partir da 7ª série -hoje só existe ensino profissionalizante no 2º grau.
Os alunos da zona rural têm duas reivindicações básicas: a criação de um calendário próprio para as escolas rurais e a viabilização de transporte escolar para alunos que moram fora do perímetro urbano.
"Para as crianças da zona rural, seria necessário um calendário escolar de acordo com a época da colheita", diz a carta de Normando Mendes, que estuda em Mairi (BA).
(DF)

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