São Paulo, segunda-feira, 5 de maio de 1997
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Para FBI, o acidente foi causado por falha mecânica

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

O diretor da polícia federal dos EUA (FBI), Louis Freeh, afirmou ontem pela primeira vez de maneira taxativa que a explosão do vôo TWA-800, em 17 de julho de 1996, foi provocado por uma "catastrófica falha mecânica". Mas Freeh ressaltou que "nenhuma conclusão formal" foi definida pelos investigadores da tragédia.
"A evidência com certeza não nos leva na direção de um ataque terrorista, mas sim na direção oposta", disse Freeh durante o programa "Meet the Press", da rede NBC de televisão.
O Boeing 747 da TWA que fazia o vôo 800 com direção a Paris explodiu logo após decolar do aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, na noite de 17 de julho de 1996, matando as 230 pessoas que estavam a bordo. A marinha dos EUA e a polícia federal já conseguiram recuperar do fundo do mar 95% do avião, que foi remontado num hangar em Calverton, Long Island, Nova York, Costa Leste dos EUA.
A princípio, a maioria dos investigadores achava que a tragédia havia sido provocada por uma bomba. O governo dos EUA reforçou as medidas de segurança em seus aeroportos após a explosão. Depois, suspeitou-se de um míssil terrorista. Em seguida, a versão era de que o avião havia sido explodido por um míssil da Marinha dos EUA, disparado por acidente.
Embora o FBI tenha recusado apenas essa última versão, há vários meses que o chefe da investigação, James Kallstrom, vem dando indícios de que passou a acreditar mais na possibilidade de defeito mecânico. A TWA, que já foi uma das duas maiores empresas de aviação civil do mundo, vem operando há mais de dez anos com tremendas dificuldades.
(CELS)

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