Folha de S.Paulo - Provão; De rabo preso com o governo; Privatização da Vale; Fujimori neles!; Fundos de pensão das estatais; Cinemas do centro; Violência e mais violência; Urgência urgentíssima; Conceitos sobre a fé; Humberto Mauro; Sem vítimas, sem testemunhas; É tortura

São Paulo, segunda-feira, 5 de maio de 1997

Provão; De rabo preso com o governo; Privatização da Vale; Fujimori neles!; Fundos de pensão das estatais; Cinemas do centro; Violência e mais violência; Urgência urgentíssima; Conceitos sobre a fé; Humberto Mauro; Sem vítimas, sem testemunhas; É tortura

DE RABO PRESO COM O GOVERNO

Provão
"Atitudes como a do boicote ao provão, que foi uma das poucas medidas dignas do nosso governo, só vem mostrar que a UNE está muito mais preocupada em atender interesses políticos da nossa esquerda falida, que só pensa em condenar e não mostra idéias, do que com a vontade e o bem-estar de nossos estudantes."
Felipe Granado e Ricardo Reis (São Paulo, SP)
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"Parabéns à Unesp do campus de Ilha Solteira que, embora 'ilhada' geograficamente dos grandes centros tecnológicos, vem se destacando junto às escolas de engenharia do país.
A nota A obtida por seus alunos no provão do MEC justifica, no tocante ao ensino, o investimento financeiro que vem sendo feito pelo Estado e pelas instituições de fomento."
Aluisio V. Pantaleão e Juliano Duarte (São José dos Campos, SP)

"O verdadeiro elemento que denigre o movimento dos trabalhadores sem terra é a própria imprensa. Como pode se manter tão desconfiada e parcial?
A imprensa deveria ajudar a legitimar essa manifestação genuinamente popular. O objetivo da marcha não é somente lutar contra o governo FHC, mas lutar pelo Brasil.
Quanto ao perfil ideológico do MST, a mídia deve estar ciente de que o povo também faz política, não sendo este um privilégio da casta engravatada do Congresso. Aliás, o melhor lugar para o povo exercer sua cidadania é mesmo a rua, pois a imprensa está de rabo preso com o governo."
Maria Carlota Fenz Cafiero (Campinas, SP)
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"O México fez uma reforma agrária radical no início do século e hoje exporta campesinos para os EUA. Será Rainha o nosso Zapata?"
Paulo D. Ramos (Lages, SC)

Privatização da Vale
"A sociedade brasileira já deu demonstração cabal de que não deseja privatizar a Vale do Rio Doce.
O mínimo que o governo poderia fazer seria cancelar o leilão, promover um grande debate nacional sobre o assunto e realizar um plebiscito para a decisão soberana da população."
Luiz Cézare Vieira (Florianópolis, SC)
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"O governo vende mal a Vale. Não ao comprador, mas ao público. Não explica a razão da venda."
Gijo Kikuti (São Paulo, SP)
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"Luís Nassif afirma que FHC ganhou a eleição com alvará para privatizar as estatais. Como se explica então recente pesquisa demonstrando que a maioria está contra a privatização da Vale?"
Sueli Celestino Silva (São Paulo, SP)
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"Por quanto mesmo é que será entregue nossa riqueza? Se não me engano, dez bilhões de dólares.
Com todo esse dinheiro a reeleição fica fácil, não é mesmo?"
Luiz Savério Plastino Jr. (Ribeirão Preto, SP)

Fujimori neles!
"É muito estranho que nestes dias, após o presidente Fujimori ter acabado com o inferno do sequestro em Lima, não aparecer nenhuma carta no 'Painel do Leitor' de notórios esquerdistas defendendo o MRTA. É bom sinal, parece que esses adeptos de um regime ultrapassado e falido estão caindo na realidade. Fujimori neles!"
Edson Galina de Oliva (São Paulo, SP)

Fundos de pensão das estatais
"Os fundos de pensão das empresas estatais foram criados seguindo a mesma filosofia que vigora para as empresas privadas. Mas as estatais passaram a se utilizar das contas a pagar aos seus fundos de pensão como fonte de recursos para melhorar sua liquidez. Mais tarde, quando da reposição, procuraram liquidar esses débitos com taxas mais favoráveis que as de mercado.
Muitas delas, nos últimos anos, deixaram de ter uma administração profissional. A diretoria dos fundos é indicada pela direção da empresa que, por sua vez, é indicada pelo governo.
Assim sendo, será injusto querer que o déficit desses fundos seja coberto exclusivamente pelos empregados, os quais sempre cumpriram sua parte."
Edmir Pelli (Aracaju, SE)

Cinemas do centro
"A desativação recente dos cines Comodoro, Metro 1 e 2 e Marrocos entristeceu a todos os paulistanos que sonham com um centro mais digno, voltado ao lazer e à convivência social."
Ayrton Camargo e Silva (São Paulo, SP)

Violência e mais violência
"Chico Mendes, meninos da Candelária, Eldorado do Carajás, Josino e muitos outros. Agora, o índio pataxó Galdino. É uma vergonha!"
Caroll Colber de Lemos (São Paulo, SP)

Urgência urgentíssima
"Sr. presidente, chega de fantasia, faça esse corrupto Congresso (com as devidas exceções) aprovar as reformas necessárias, que são de urgência urgentíssima, com a mesma urgência que aprovou a sua reeleição."
Fauzi Nagibe Kairalla (Neves Paulista, SP)

Conceitos sobre a fé
"Como teólogo, participante de uma igreja renovada, libertadora e principalmente comprometida com os mais pobres, sinto muita pena do ex-seminarista, hoje deputado federal Roberto Campos.
O deputado vive alegando que os bispos não devem se meter em assuntos relativos às riquezas de nossa nação (venda da Vale). Aconselho-o a renovar as obras de sua estante, ou que leia Vaticano 2º, livros proféticos da Bíblia, os quais denunciam desmandos, opressão e injustiças do poder.
Com os seus 80 anos (lhe parabenizo), contudo esperamos que Deus lhe conceda mais um bom tempo para que repense seus conceitos sobre a sua fé."
Luiz J. Pereira (Canoinhas, SC)

Humberto Mauro
"Na condição de uma das entidades promotoras dos eventos comemorativos ao centenário de nascimento do cineasta Humberto Mauro, agradecemos o apoio desse órgão de imprensa."
Vera Costa Gissoni, reitora da UCB -Universidade Castelo Branco (Rio de Janeiro, RJ)

Sem vítimas, sem testemunhas
"Depois de proibir o time de jogar futebol, o Vasco da Gama também proibiu a entrada de certos jornalistas em seu estádio. Agora só falta proibir seus torcedores de ir a campo, assim, o sofrimento e a vergonha ficariam sem vítimas e sem testemunhas!"
Luiz de Almeida (Belo Horizonte, MG)

É tortura
"Gostaria de saber se podemos enquadrar políticos em crime de tortura. Eu ganho R$ 300 mensais enquanto eles rejeitam um teto salarial de R$ 10.800. Isso não é uma tortura?"
Pedro Prismich (São Paulo, SP)

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