São Paulo, segunda-feira, 5 de maio de 1997
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Consulado dos EUA pede pressa ao turista

DA REPORTAGEM LOCAL

O Consulado Geral dos EUA em São Paulo adverte: deixar o visto para a última hora faz mal a sua viagem. Devido à proximidade das férias de julho, o número de pedidos está crescendo, e o prazo para a obtenção do documento está batendo na casa das duas semanas.
Normalmente, o consulado atende até 600 requerentes por dia. Além disso, mais 800 passaportes chegam diariamente à repartição. Às vésperas da alta temporada, esses números estão subindo, respectivamente, para 900 e 1.200.
Consequência imediata desse acréscimo, o tempo entre a marcação da entrevista e a própria saltou de três para cerca de dez dias.
Depois da entrevista, se aprovado, o viajante espera mais 40 horas até receber o passaporte de volta.
No dia 17 de abril, a cônsul-geral dos EUA em São Paulo, Melissa Wells, acompanhada pelas responsáveis pelo setor de vistos, reuniu a imprensa para divulgar o que a repartição preparou para atenuar os efeitos da alta temporada.
Algumas medidas, como a marcação de entrevistas por telefone e as janelas externas para entrevistas, já eram conhecidas.
Novidade de fato foi apresentada por Susie Pratt, chefe do setor de vistos. Ela conta que, em setembro de 95, o consulado não dava conta de processar todos os passaportes.
Visto eletrônico
Pediram socorro para Washington, que, coincidentemente, testava um sistema informatizado para emissão de vistos. São Paulo foi a primeira cidade a receber o sistema, utilizado exclusivamente para processar passaportes enviados por agências e despachantes.
"Agora, passaportes vindos das agências são processados três vezes mais rápido", diz Pratt. Segundo ela, 70% dos pedidos de vistos vêm das agências.
Para o viajante, não é mais rápido fazer o pedido por meio das agências. Isso porque há um prazo máximo de duas semanas para devolver esses passaportes.
Uma mudança que afeta as pessoas que marcam entrevista por telefone é a contratação de oito brasileiros para trabalhar temporariamente no setor de vistos.
Isso acelera o processamento, mas não diminui o tempo perdido com as entrevistas, a cargo apenas de vice-cônsules americanos.
Quem precisa renovar vistos do tipo B1 (negócios) ou B2 (turismo), emitidos há até quatro anos e com validade mínima de seis meses, não deve marcar entrevista.
Basta passar pelo consulado (de segunda à sexta, exceto quartas, das 8h30 às 11h30) e utilizar a "drop box". Trata-se de um serviço que recebe o passaporte e, caso não haja problemas, o devolve com o visto uma semana depois.
Segundo a cônsul-geral, entre 3% e 4% dos pedidos de visto são negados hoje. Wells diz que o consulado americano em São Paulo é o terceiro maior emissor de vistos para os EUA em todo o mundo, atrás de Seul e Taipé.
No ano passado, o consulado emitiu 330 mil vistos, a maioria com prazo de validade de dez anos.

Consulado Geral dos EUA em São Paulo: r. Padre João Manuel, 933, São Paulo, tel. para marcar entrevistas: 900-0929 (para o Estado de São Paulo, ao custo de R$ 1,60 por minuto de ligação) e 0900-11-0929 (para os demais Estados, ao custo de R$ 8 por ligação).

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