São Paulo, segunda-feira, 5 de maio de 1997 |
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Coral Gables abriga a arte dos latinos Cuba domina galerias FERNANDO OLIVA
Para os marchands -donos de galerias de arte- que escolheram a cidade, Coral Gables é, hoje, uma Nova York dos anos 20, com seu mercado de novos artistas. Qualquer turista fica impressionado com a concentração de galerias e, antes de arriscar um tour cultural pela região, o melhor é informar-se sobre quais são as mais importantes e quem está expondo. Os marchands de plantão adoram conversar com os visitantes e são bilíngues (espanhol e inglês). Também não é espantoso se algum deles falar português, como Chris Ingals, da Ambrosino Gallery. Ela sabe onde os artistas brasileiros expõem em Coral Gables. Para começar, uma dica é a galeria do norte-americano Fredric Snitzer, que aposta nos latinos desde 1977. Hoje, a Fredric Snitzer Gallery representa dez cubanos, incluindo o conceitual Jose Bedia. No momento, a galeria expõe criações do porto-riquenho Rafael Ferrer, célebre desde os anos 70 por sua atuação em Nova York. Não há motivo aparente para o reduzido número de artistas brasileiros nas galerias de Coral Gables, mas Snitzer tenta uma explicação. "É estranho não haver muitos brasileiros. Mas é fato que Cuba dirige a cidade, e o mercado das artes também é dominado por cubanos", afirma. O haitiano Claude Douyon -mais um dos cerca de 30 marchands radicados em Coral Gables- trabalha com artistas do Haiti, Martinica, Cuba, República Dominicana e Brasil. Além de Sergio Sister e Anna-re Smith, a galeria expõe obras dos brasileiros Marianita Luzzati e Germana Monte-mor, que estão com Douyon desde a inauguração do estabelecimento, em 1993. O marchand afirma que vai continuar se especializando em arte contemporânea latino-americana de qualidade. "O que é bom no Brasil é bom na África ou na China", diz Douyon. Outra alternativa interessante no roteiro de galerias de Coral Gables é a The Americas Collection, no charmoso bulevar Ponce de Leon, esquina com a avenida Andalusia. A galeria está exibindo a "Série dos Parques", do porto-riquenho Rodolfo Stanley. São quadros de inspiração surrealista que retratam lembranças do campo. Texto Anterior: Entenda o que é o estilo art déco Próximo Texto: Universidade lança CDs de bandas novas Índice |
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