São Paulo, quinta-feira, 8 de maio de 1997 |
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Ruralista ameaça matar invasores
JOSÉ MASCHIO
Garcia Cid disse que os ruralistas "entenderam o recado do líder nacional do MST na Folha e irão se armar": "Recebemos o aviso e vamos nos armar também", disse, ao comentar entrevista do líder do MST, Gilmar Mauro à Folha, divulgada na última terça-feira. O presidente da Sociedade Rural citou dois locais onde os sem-terra serão recebidos "à bala" se invadirem propriedades: a fazenda São Mateus, em Querência do Norte, e a fazenda Belo Horizonte, em Nova Aliança do Ivaí (os dois municípios ficam no noroeste do Paraná). "Essas fazendas estão para ser invadidas e a Constituição, que prevê o direito de proteção à propriedade, irá garantir que ninguém entre além das porteiras." Segundo Garcia Cid, a invasão programada pelo MST à fazenda Belo Horizonte, em Nova Aliança do Ivaí, é uma retaliação à família Prata, "que rechaçou os sem-terra no Pontal do Paranapanema". A fazenda Belo Horizonte é de propriedade de Antônio Renato Prata. Ele é proprietário também de uma fazenda na região de Presidente Prudente (SP), que não foi ocupada porque seu filho, Guilherme Prata, repeliu os sem-terra. O presidente da Sociedade Rural do Paraná atacou também o programa de Reforma Agrária do governo Fernando Henrique Cardoso. "É um programa socialista e comunista. Só no campo tem essa história de terra improdutiva. Queria ver o governo declarar uma indústria que está no vermelho como improdutiva e entregá-la aos sindicalistas", declarou. Texto Anterior: Deputados nas mesas Próximo Texto: Seligman discute violência com MST Índice |
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