São Paulo, quinta-feira, 8 de maio de 1997
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Resultado aponta 3° tiro

DA FOLHA CAMPINAS

Além da análise do disparo que matou o conferente Mário José Josino, a Unicamp analisou outros dois tiros ocorridos durante as gravações do cinegrafista amador na favela Naval.
Um deles é o segundo disparo dado por Rambo contra o carro em que estava Josino.
Os peritos fizeram duas simulações. Em nenhuma delas, segundo o laudo, seria possível o tiro ter acertado o carro.
"Pelo ângulo do braço de Rambo, é possível saber que esse tiro se perdeu e foi acertar a parede de uma casa, a 35 metros de distância de onde estava o policial", disse o perito Ricardo Molina.
O terceiro tiro analisado é um que não aparece nas imagens. Ele ocorre no momento em que um policial leva o músico Sílvio Calixto para atrás de um muro.
Em depoimento, esse policial disse que o som ouvido na fita não era de revólver, mas do estouro de uma garrafa de Coca-Cola.
Usando um espectrógrafo (aparelho que mede a frequência do som), o laboratório mostrou que a frequência do som registrado no local é a mesma que a dos demais tiros ouvidos e vistos na fita do cinegrafista.

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