São Paulo, quinta-feira, 8 de maio de 1997
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Vídeo mostra 11º PM no local

CRISPIM ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

A reconstituição por meio de computação gráfica apresentada ontem pelo IC (Instituto de Criminalística) deixa a entender que um 11º policial militar, à paisana, pode ter estado na favela Naval e presenciado a tortura de civis em um dos dias em que o vídeo foi gravado.
Pelas imagens do IC, na noite do dia 5 de março um homem, trajando roupa esporte e calçando tênis branco, chega na favela em um Gol da PM. Foi nesse dia que aconteceram o espancamento e a tentativa de homicídio contra o músico Sílvio Calixto Lemos.
O homem desce do carro, encosta em uma das laterais, cruza as pernas e passa a conversar com policiais militares que estão no local. Pela imagem, o homem não participa de nenhuma agressão.
"O vídeo revela a existência de uma outra pessoa, tudo indica um PM à paisana, talvez fora de serviço", afirmou o deputado estadual Afanázio Jazadji.
"Não dá para determinar quem é, nem se era um PM", afirmou Paulo Augusto de Souza Vichi, chefe da Seção Técnica de Identificação Criminal do IC, responsável pela elaboração do laudo.
Na próxima sexta, serão ouvidas testemunhas de defesa dos PMs no Fórum de Diadema. O promotor José Carlos Blat espera que até o fim do mês todos os depoimentos tenham acabado para serem feitas as alegações finais.

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