São Paulo, quinta-feira, 8 de maio de 1997 |
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Grupo critica divulgação dos resultados do provão
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O seminário nacional sobre o provão, organizado pelo Crub (Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras), foi marcado por diversas críticas dos reitores contra a forma com que foram divulgados os resultados do exame.A principal queixa foi com relação ao prejuízo causado à imagem de algumas instituições com a divulgação dos resultados do provão, há duas semanas. Segundo os reitores, o resultado foi anunciado com base no resultado de apenas um dos instrumentos de avaliação -o provão-, mas acabou ganhando uma dimensão maior na imprensa, servindo para a elaboração de rankings de classificação das instituições por qualidade. "Quem vai assumir a responsabilidade pelos danos causados à imagem das instituições?", questionou o reitor da UFAM (Universidade Federal do Amazonas), Nélson Fraiji. Resultados importantes O secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação e do Desporto, Abílio Baeta Neves, rebateu as críticas afirmando que, mesmo não sendo o único instrumento de avaliação, o provão serve para que se façam comparações entre as universidades. "O provão não é o único meio de avaliação, não é suficiente para isso, mas apresenta resultados importantes", disse. Outras críticas feitas pelos reitores mereceram maior consideração do secretário. Uma delas foi o fato de os dirigentes das universidades terem conhecido os resultados do provão por intermédio da imprensa. Sem informações O reitor da Universidade de Mogi das Cruzes, Roberto Leal e Silva Filho, chegou a dizer na reunião que, ao ser procurado por jornalistas que tiveram acesso aos dados do provão, teve de telefonar para o MEC a fim de saber os resultados obtidos por sua instituição para poder responder às perguntas. "São críticas justas, legítimas, que temos de levar a sério. Os reitores se sentiram desprestigiados", afirmou. Outra indagação feita pelos reitores diz respeito aos critérios usados na avaliação dos três pontos do provão: o teste em si, o regime de trabalho e a titulação dos professores. Segundo dirigentes de universidades particulares, esses critérios beneficiam as instituições públicas. Texto Anterior: Reitores repudiam ensino público pago Índice |
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