São Paulo, quinta-feira, 8 de maio de 1997 |
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Júri divide paixão pelo cinema
AMIR LABAKI
A musa chinesa Gong Li foi mais direta: "Procuro um filme cheio de paixão que me toque". A atriz de "Adeus Minha Concubina" recusou-se contudo a comentar a exclusão da disputa do filme "Keep Cool", de seu ex-marido, Zhang Yimou. O mediador do debate, Henri Behar, limitou-se a frisar que "se a cópia chegar até o último minuto, o festival o exibirá". Para compensar, ainda na área dos litígios políticos, Behar confirmou que o filme iraniano "Le Gôut de la Cerise", de Abbas Kiarostami, foi ontem oficialmente incluído na mostra competitiva. São assim 21 os candidatos à Palma de Ouro. Adjani não perdeu a oportunidade de afirmar que Cannes "surgiu como reação à influência nazi-fascista sobre a mostra de Veneza". "Sua vocação é exibir filmes que têm dificuldades para sair em seus países de origem." O vencedor do último ano, o britânico Mike Leigh ("Segredos e Mentiras"), lembrou a importância de Cannes "como um dos maiores eventos do mundo, feito para chamar a atenção internacional para a celebração do cinema". Adjani fez coro a ele: "Cannes é o mais cinéfilo dos festivais". O cineasta italiano Nanni Moretti ("Caro Diário") frisou a sintonia do júri com essa paixão por filmes: "Este me parece um júri de pessoas acostumadas a ver cinema, o que já é algo importante". Texto Anterior: Painel; Outdoors; Cannes, 50; Surpresa; Complemento; 25 Próximo Texto: Revista recolhe edição com erro Índice |
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