São Paulo, sábado, 10 de maio de 1997
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Economia é de R$ 320 mi ao ano

MARTA SALOMON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O cheque de R$ 1,6 bilhão enviado ontem ao Tesouro Nacional pela venda da Vale representará uma economia de R$ 320 milhões por ano com o pagamento de juros da dívida pública, segundo estimativa divulgada pelo ministro Antonio Kandir (Planejamento).
Esse valor representa 75% do que o Banco Central perdeu em um ano com o Proer (programa de ajuda aos bancos). Foi de R$ 560 milhões a diferença, no ano, entre o custo dos empréstimos aos bancos e a taxa média de remuneração dos títulos públicos federais.
A estimativa do governo leva em conta que a taxa de juros dos títulos públicos será de 20% ao ano. Kandir disse que trata-se de uma "hipótese modesta".
A economia com juros da dívida proporcionada pela venda da Vale poderá crescer para R$ 500 milhões ou R$ 600 milhões por ano, quando a privatização for concluída, no final do ano.
O governo espera arrecadar R$ 5 bilhões com todo o processo de venda das ações da Vale ao final das duas etapas -venda aos empregados e oferta pública.
A dívida líquida da União já atingiu R$ 177,7 bilhões. O BC calcula em R$ 20,8 bilhões a despesa com juros dos títulos públicos ao ano.
A dívida vem crescendo e essa tendência não será interrompida com a Vale, disse Kandir. Ocorre que a dívida crescerá menos.
A redução da dívida pública foi um dos principais argumentos do governo para privatizar a empresa.

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