São Paulo, sábado, 10 de maio de 1997
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Mães movimentam lojas na última hora

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

Boa parte do comércio paulista espera reverter hoje o ritmo fraco das vendas para o Dia das Mães -comemorado amanhã-, registrado durante a semana.
Lojistas ouvidos pela Folha acreditam que, se o consumidor for às compras na última hora, ainda assim o faturamento do Dias das Mães deste ano deverá ser, no máximo, igual ao do ano passado.
Para o comércio especializado em roupas femininas, o atraso do inverno é considerado o grande inibidor das vendas neste ano.
"No ano passado, o frio chegou antes do Dia das Mães, o que facilitou a venda da nova coleção", diz Paula Szterenzys, gerente da Le Lis Blanc, do shopping Iguatemi.
Até quinta-feira, diz, o dia-a-dia da loja estava normal. "Hoje (ontem) melhorou um pouco."
É para hoje que a Le Lis Blanc espera maior movimento. Tanto que a loja decidiu abrir às 9h. Em um sábado normal só abre às 10h.
A Bruxa do shopping West Plaza, loja de confecção feminina, também não sentiu mudança no ritmo de vendas, ao longo da semana, por conta do Dia das Mães.
A previsão da loja é que o aumento das vendas ocorresse a partir da noite de ontem e continuasse hoje. "Mesmo assim, não devemos faturar mais do que em 96", diz Eloisa Previdelle, gerente.
Ela conta que os produtos mais procurados para as mães são os que custam entre R$ 35 e R$ 50, como blusas, saias e calças.
Na Shoulder, outra loja de roupas do West Plaza, as blusas com preços entre R$ 28 e R$ 33 são as que têm mais saída.
Ana Cristina Cardoso, subgerente, conta que até ontem a loja havia vendido cerca de 60% da expectativa de vendas. Em 96, nesta mesma época, o índice era de 80%.
"Mas hoje à noite (ontem) a venda pode aumentar." Ela diz que neste ano o consumidor não está tão entusiasmado quanto em 96 porque está endividado.
Perfumes
O comércio de perfumes também constata movimento fraco de vendas neste mês. O Boticário do West Plaza, por exemplo, deve faturar, do início do mês até hoje, entre 4% e 5% menos do que em igual período do ano passado.
Ailton Vasiunas, proprietário de duas lojas de O Boticário, acredita que pode recuperar o faturamento ao longo do mês devido aos cinco sábados -quatro em maio de 96.
Para ele, as vendas também estão fracas nesta semana em razão do efeito psicológico que gerou o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) -medida do governo para frear o consumo.
O comércio de bolsas e calçados também espera para hoje o grosso das vendas para o Dia das Mães. A Spiga, loja do West Plaza, informa que, neste ano, a loja vendeu, até ontem, 70% do esperado.

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