São Paulo, segunda-feira, 12 de maio de 1997
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'Chip' pode cobrar pedágio nas ruas de SP

MAURO TAGLIAFERRI
DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário estadual do Meio Ambiente, Fábio Feldmann, defendeu, na última quarta-feira, a criação de pedágios eletrônicos para avenidas de São Paulo.
A idéia foi apresentada em seminário que aconteceu no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP), no qual Feldmann falou sobre um conjunto de propostas para combater a poluição gerada por veículos.
Os planos da secretaria estão num documento chamado "Por um Transporte Sustentável", que será discutido com a sociedade com possibilidade de se transformar em lei estadual.
As principais ações previstas envolvem a criação de normas mais rígidas para a fabricação, manutenção e inspeção dos veículos quanto à emissão de poluentes.
Mas Feldmann defende outras medidas de combate à poluição, como o rodízio. A criação de pedágios eletrônicos na cidade seria um "subproduto" do rodízio.
"O pedágio seria ativado em determinadas horas do dia para desestimular o uso de determinadas vias quando estiverem congestionadas", disse o secretário.
Evitando os engarrafamentos, Feldmann acredita que pode reduzir o nível de poluição na capital.
Para ele, todos os veículos deveriam ter uma identificação eletrônica, feita por meio de um chip, como já existe no sistema de ônibus urbanos de São Paulo.
No momento em que passar pelo pedágio, o chip identifica o carro, permitindo a arrecadação da taxa. A cobrança poderia vir na conta telefônica, por exemplo.
Esse sistema já existe na ponte Rio-Niterói. Os usuários compram e instalam no carro um "transpounder", o qual emite sinais eletrônicos que são "lidos" por um receptor no pedágio. Se um carro sem o equipamento passar pelo posto, ele é fotografado e multado automaticamente.
Os paulistas deverão conhecer a técnica em breve. Não nas ruas de São Paulo, onde a instalação é menos provável, mas no sistema rodoviário Anchieta-Imigrantes.
A Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) pretende instalar o equipamento como forma de reduzir as filas nos pedágios das duas estradas, já que permite a identificação do carro -e a cobrança da taxa- com o veículo em movimento, a cerca de 60 km/h.
(MT)

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