São Paulo, segunda-feira, 12 de maio de 1997
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Pesquisa analisa monarquia

DA REPORTAGEM LOCAL

Estudar o pensamento político que orientou a idéia da permanência da monarquia no Brasil na visão de quatro autores relevantes na conjuntura política do período entre o fim do século 18 e a independência formal em 1822.
Este foi o objetivo da tese de doutorado "A Monarquia e o Brasil no Pensamento Político Neopombalino (Linhares, Hipólito, Silvestre e José Bonifácio).
A tese, do pesquisador Estilaque Ferreira dos Santos, foi apresentada ao Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (Universidade de São Paulo).
O pesquisador fez uma análise das idéias e práticas políticas de quatro representantes do que, seguindo o autor Raymundo Faoro, classificou como "pensamento político neopombalino".
Para estudar o pensamento de Rodrigo de Souza Coutinho (Conde de Linhares), Hipólito José da Costa, Silvestre Pinheiro Ferreira e José Bonifácio de Andrada e Silva, ele usou uma vasta documentação.
Memórias, correspondências, artigos de imprensa, discursos, apontamentos, manifestos e decretos foram alguns dos documentos analisados pelo pesquisador.
"O exame deste pensamento político pretende demonstrar que ele teve uma expressão fundamental no processo de formação da nacionalidade e, especialmente, na formação do Estado nacional brasileiro", escreveu o pesquisador na introdução da tese.
O trabalho teve como objetivo principal apresentar evidências de que a corrente que acreditava na permanência do rei no Brasil causou a articulação de um bloco de forças. Foi esse grupo que conduziu o país à independência.
Essas forças políticas e sociais, apesar da aparência liberal, tinham caráter essencialmente conservador, de acordo com o pesquisador.

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