São Paulo, segunda-feira, 12 de maio de 1997
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Samba do avião

CIDA SANTOS

Prepare os cintos porque a Liga Mundial de vôlei vem aí. Sexta-feira começa o torneio que é um verdadeiro samba do avião. Nas próximas três semanas, a seleção brasileira vai dar uma volta pelo mundo.
O time estréia na Bulgária, joga no segundo fim-de-semana na Argentina e depois parte para o Japão. Haja fôlego e disposição para tanto sobe e desce de avião. Depois os dirigentes não entendem por que os jogadores acabam se cansando de defender as seleções e se aposentam precocemente. Nos últimos três anos, a Liga estava com um calendário um pouco melhor. Nas chaves, os times eram divididos por continente e com isso as viagens eram menos longas. Este ano, voltou a vigorar a antiga fórmula com todas as equipes misturadas.
No confronto entre as seleções, a Liga aparece como uma incógnita. Difícil arriscar quem vai ficar com o título. A Holanda, que em 96 mostrou o caminho da modernidade com jogadores gigantes e habilidosos, tem desfalques importantes como o levantador Peter Blangé. A Itália, de Bebeto de Freitas, perdeu seus principais passadores: Bernardi, Cantagalli e Bracci pediram dispensa.
O técnico da seleção brasileira, Radamés Lattari, aponta os russos como favoritos. E tem boas razões. Diz que a Rússia foi um dos times que menos alterações sofreu e conta com a vantagem de sediar a etapa final da Liga. Eu digo mais: a Rússia é também a seleção mais alta da Liga. A média é 2,01 m.
A Iugoslávia também pode surpreender. O time, cujo destaque é o atacante Vladimir Grbic, praticamente é o mesmo que em Atlanta eliminou o Brasil e venceu a disputa da medalha de bronze com a Rússia.
E o Brasil? Difícil qualquer prognóstico. O time tem novo comando, novos levantadores e titulares estreantes como Gustavo, o gigante da seleção com 2,03 m. Vamos esperar a estréia. Depois, a gente conversa.

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