São Paulo, segunda-feira, 12 de maio de 1997
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Barrichello é segundo em Mônaco

DA REPORTAGEM LOCAL; DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O brasileiro Rubinho Barrichello, da Stewart, obteve um dos mais expressivos resultados de sua carreira na F-1, ontem, quando recebeu a bandeirada de chegada em segundo lugar, atrás do alemão Michael Schumacher, da Ferrari, no GP de Mônaco.
O piloto disse que foi "uma corrida difícil" e até se mostrou um pouco surpreso. "Se acordasse e alguém tivesse dito que eu seria o segundo, não acreditaria."
O alemão Heinz-Harald Frentzen, que vinha de uma vitória no GP de San Marino e que largou na pole position, e o canadense Jacques Villeneuve, que liderava o Mundial, ambos da Williams, tiveram suas atuações prejudicadas por decisão equivocada da equipe.
A dupla iniciou a prova com pneus lisos, quando a pista estava molhada pela chuva, que continuou caindo durante a prova.
A pista escorregadia provocou derrapagens, que tiraram vários pilotos da prova. O brasileiro Pedro Paulo Diniz, da Arrows, bateu no guard-rail logo depois da largada. Seu companheiro de equipe, Damon Hill, bateu na traseira da Ferrari de Irvine na segunda volta e também ficou fora da prova.
Schumacher, que largou na primeira fila, ao lado de Frentzen, assumiu a liderança logo no início.
Barrichello, que tinha o décimo tempo do grid e partiu da quinta fila, também levou vantagem sobre adversários e continuou até atingir a segunda posição, mas distante de Schumacher. Ficou preocupado ao passar reto na chicana, mas logo relaxou ao perceber que mantinha a posição.
Faltando 19 minutos para o término da prova (2h de duração), a Ferrari de Schumacher passou reto numa curva, mas o piloto conseguiu frear o carro, retornando à pista sem danos.
Barrichello dedicou o segundo lugar à sua mãe, Idely, que estava no Brasil, aproveitando a comemoração do Dia das Mães, e à sua mulher, Silvana, aniversariante.
Barrichello, que também aniversaria no próximo dia 23 -completa 25 anos-, nunca venceu em sua carreira de 69 GPs na F-1, iniciada em 1993. Já havia obtido o segundo lugar em 1995, no Canadá.
"A Stewart vai me dar mais pódio", desabafou Barrichello após a corrida, ressaltando ter sido acertada sua decisão de trocar a equipe Jordan pela Stewart (equipe estreante na categoria).
O brasileiro disse que ficou surpreso quando observou equipes com pneus lisos na largada.
"Era mais fácil levar umas cinco voltas com pneus de chuva", disse.
As primeiras voltas, segundo ele, foram complicadas, mas o seu carro estava andando bem.
"Só voltou a ficar difícil pouco antes do pit stop, porque os pneus já estavam um pouco gastos."

Com agências internacionais

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