São Paulo, segunda-feira, 12 de maio de 1997
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Reforma da Júlio Prestes é principal ação estadual

DA REPORTAGEM LOCAL

A Estação Júlio Prestes vai virar uma das melhores salas de concerto do mundo. Essa é a promessa dos especialistas norte-americanos que propuseram a transformação do local em espaço cultural.
A obra, que se transformou num dos principais projetos da gestão Mário Covas para a cultura, teve origem quase por acidente. A intenção inicial do governo era promover melhorias do Memorial da América Latina, que seria a sede da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp).
Os técnicos contratados para a reforma, no entanto, visitaram a Júlio Prestes e reconheceram condições acústicas no local comparáveis às melhores salas de concerto do mundo.
A obra deve consumir R$ 25 milhões e dois anos de trabalho e a Osesp terá ali sua sede. A parte acústica ficará a cargo da empresa americana Artec. A intervenção será no hall de 3.000 m2, com capacidade para 1.600 pessoas.
Mas o governo do Estado também está investindo em mais duas salas para espetáculos de música erudita. Dentro do projeto, está ainda o término da reforma do Teatro São Pedro, na Barra Funda, além da reforma da sala de concertos Simon Bolívar, no Memorial da América Latina.
Após a decisão de reforma da Júlio Prestes, o Governo do Estado também decidiu que outro edifício da área deveria passar para a Secretaria da Cultura. Trata-se do prédio do Dops (Departamento de Ordem Política e Social), onde funciona atualmente o Decon (Delegacia do Consumidor).
"Isso simboliza a mudança de um local historicamente repressor para um ambiente artístico", afirmou o secretário de Estado da Cultura, Marcos Mendonça.
O local vai ser a nova sede da Universidade Livre de Música, atualmente instalada na Oficina Cultural Oswald de Andrade.

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