São Paulo, segunda-feira, 12 de maio de 1997
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Stellenbosch é local para provar vinhos

SILVIO CIOFFI
DO ENVIADO ESPECIAL À ÁFRICA DO SUL

Os carvalhos que os holandeses e os huguenotes franceses cultivaram na Província do Cabo resultaram em árvores frondosas, mas, devido ao clima mediterrâneo, nunca deram bons barris.
Não se pode, no entanto, dizer o mesmo da indústria vitivinícola que vicejou na região.
Stellenbosch, a 40 km da Cidade do Cabo, é o segundo mais velho centro urbano da Província. Fundada em 1679 por Simon van der Stel, abriga uma cidade universitária que cresceu plantando vinhedos à sombra dos carvalhos.
É também uma região gastronômica significativa do país, local para provar vinho e conhecer a arquitetura colonial do Cabo, com prédios caiados e telhados de sapé.
Pela casa do número 18 da rua Ryneveldt entra-se no Museu da Vila, área de 5 mil m2 que compreende casas construídas entre 1709 e 1850 (o museu abre de segunda a sábado, das 9h30 às 17h, e aos domingos, das 14h às 17h).
O conjunto de casas é mobiliado como nos tempos dos pioneiros, conserva jardins de época e tem guias vestidos a caráter para descrever costumes dos pioneiros.
Com uma dezena de museus (entre os quais destaca-se o museu de brinquedos, descrito no artigo abaixo), Stellenbosch tem cerca de 60 prédios do século 18.
A avenida Merriman marca o centro, e, de lá, avistam-se as montanhas de Helderberg (1.175 m), os picos Gêmeos (1.494 m) e o vale de Jonkershoek, em cujas encostas foram plantados os vinhedos.
A Província do Cabo tem 100 mil hectares cultivados com videiras e também produz brandies e porto.
O resultado da tradição -e do embargo comercial imposto durante o apartheid- é um vinho de uvas gewürztraminer, sauvignon blanc e riesling de boa qualidade e bom preço: num restaurante, a garrafa do melhor vinho não sai por mais de US$ 10.(SILVIO CIOFFI)

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