São Paulo, segunda-feira, 12 de maio de 1997 |
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Prefeitura quer atrair turista consciente
FLAVIO CASTELLOTTI
Para o prefeito Benedito Melo (PSC), 47, que tomou posse em janeiro, a solução é solidificar o vínculo entre turismo e cultura. "Dessa forma, estaremos fazendo uma seleção natural do turista que frequenta Parati", diz Melo. Ele afirma que as pessoas que visitam a cidade estão tão interessadas em suas riquezas históricas e naturais, que o grau de conscientização que possuem sobre a preservação dessas riquezas é altíssimo. "Fortalecer o elo entre turismo e cultura é uma forma de manter essa tendência. Parati possui uma vocação inata para a cultura." Pesquisa realizada pela prefeitura mostrou que 80% dos turistas que vão a Parati possuem diploma universitário, 48% deles são do Estado de São Paulo, e 20%, do Rio. "Além de aproveitar a natureza e a beleza arquitetônica da cidade, quem vem a Parati também quer descansar. Ninguém está interessado em tirar da cidade essa atmosfera tranquila", diz o prefeito. Ele afirma que, mesmo com o aeroporto, inaugurado em novembro último, Parati continua muito atraente para quem busca cultura e meio ambiente preservado. Projetos culturais Para aumentar o elo entre turismo e cultura, Melo quer ampliar o orçamento da Secretaria de Turismo e Cultura, transformar o quartel da fortaleza de Patatiba (onde funciona a secretaria) em museu e revitalizar a Casa da Cultura. O quartel passaria a abrigar uma exposição permanente sobre a história da cidade. A Casa da Cultura, que no último verão recebeu exposições de fotos de Amyr Klink e João de Orleans e Bragança, ficaria com as mostras temporárias. Para maio, está prevista uma exposição da pintora paulista Djanira, que viveu dez anos em Parati. "Queremos transformar Parati em um pólo cultural durante todo o ano e não apenas na temporada", diz o secretário de Turismo e Cultura, Marcos Ribas, 49. Outro projeto em andamento é a criação da Fundação Julia Mann. Mãe do escritor alemão Thomas Mann (1875-1955), Julia viveu os nove primeiros anos de sua vida em Parati. Agora seu neto, o escritor Frido Mann, pretende transformar a antiga casa dos Mann num centro cultural. Texto Anterior: Festa do Divino movimenta R$ 200 mil Próximo Texto: TV reflete o apego dos moradores às tradições Índice |
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