São Paulo, terça-feira, 13 de maio de 1997
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Vale quer comprar estatais

DA SUCURSAL DO RIO

A Vale do Rio Doce vai entrar nas privatizações "em setores específicos que interessam" à empresa, segundo informou o novo presidente do Conselho de Administração da Vale, Benjamin Steinbruch.
Ele citou especificamente o setor de energia, o próximo que será privatizado, mas disse que também em logística (como ferrovias e portos) a empresa pode se interessar em participar.
Ele descartou a possibilidade de a empresa entrar nas privatizações de telecomunicações. "Não é prioritário para nós", disse ele. Steinbruch disse também ter interesse em gás natural.
Steinbruch disse que o consórcio vencedor do leilão de privatização da Vale não está preocupado em saber em quanto tempo vai recuperar o investimento feito (R$ 3,3 bilhões).
Segundo ele, a compra da Vale faz parte de um "Projeto Brasil", que seria a oportunidade de utilizar a "única multinacional brasileira" para "propiciar nossa entrada na economia globalizada".
Por isso, disse ele, "a Vale é muito maior do que a questão de saber se pagamos R$ 20 milhões a mais ou a menos por ela".
Segundo Steinbruch, o mais importante para esse "Projeto Brasil" dar certo é que a empresa tenha capital predominantemente nacional, participação dos empregados no controle acionário e gestão profissionalizada.
Ele disse que essa é uma das razões para o consórcio ter elegido a própria Vale como operadora da empresa privada. 'Èla vai ser operada por seus próprios funcionários", disse.
CSN
A CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) apresentou lucro de R$ 71,6 milhões no primeiro trimestre do ano, segundo a legislação societária. O resultado é 69% maior do que no mesmo período do ano passado.
A lucratividade por ação foi 73% maior do que no primeiro trimestre do ano passado. O lucro foi de R$ 0,95 por lote de mil ações (o resultado do trimestre inicial de 1996 havia sido de R$ 0,55).
As principais razões do resultado positivo, segundo comunicado da empresa, foram a redução de custos de produção e das despesas com depreciação.
A produção de aço líquido foi de 1,11 milhão de toneladas (5% a mais que igual período de 1996) e a produção de produtos acabados foi de 1,05 milhão de toneladas.

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