São Paulo, terça-feira, 13 de maio de 1997 |
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Votação do rodízio deve começar obstruída
FABIO SCHIVARTCHE
Teoricamente, o projeto poderia ser votado ainda hoje. Na prática, só deve ser votado na próxima semana porque a bancada de oposição ao governo deve se utilizar de regulamentos internos da Assembléia para obstruir a votação, assim como fez no ano passado. A decisão de colocar o projeto do rodízio em uma sessão extraordinária -como item único- foi tomada ontem pelo presidente da Assembléia, Paulo Kobayashi (PSDB), e pelo líder do governo, Vanderlei Macriz (PSDB). "Adotamos essa estratégia porque a ordem do dia está cheia e há outros projetos esperando para ser apreciados. Da forma escolhida, o rodízio pode ser votado logo", disse Macriz. A sessão ordinária está agendada para hoje, entre 16h30 e 19h. Logo depois começa a extraordinária. Nesse momento, os partidos de oposição devem iniciar a obstrução com discussões que podem durar até 12 horas. Com críticas ao projeto encaminhado pelo Executivo, o PT e o PMDB querem a inclusão de emendas propostas por deputados de seus partidos e vão tentar negociar com o governo. "Vamos discutir a tramitação da votação e ver quais emendas nossas serão destacadas para ser votadas em separado", disse o líder do PT, deputado José Bacarin. O PT quer multa com valor menor e a realização do rodízio apenas este ano -o projeto atual prevê a implantação permanente, durante os meses de inverno. Já o PMDB quer a exclusão dos caminhões da restrição de circulação. Hoje, antes da sessão ordinária, haverá reunião de lideranças na Assembléia. A oposição vai tentar negociar a inclusão das emendas, antes de obstruir a votação. A Folha apurou que a bancada governista não deve aceitar acordos que impliquem na inclusão dessas emendas. Para aprovar o projeto, é necessária apenas uma votação decidida por maioria simples (a metade dos votos mais um). Texto Anterior: Companhia quer ampliar usina Próximo Texto: Perueiros reivindicam ser excluídos de restrição Índice |
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