São Paulo, terça-feira, 13 de maio de 1997
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Pitta reinaugura terminal de ônibus com 6 meses de atraso

DA REPORTAGEM LOCAL

Com seis meses de atraso, o Terminal de Ônibus Princesa Isabel, no centro de São Paulo, foi reinaugurado na manhã de ontem pelo prefeito Celso Pitta.
O terminal é o primeiro que possibilita a integração entre todas as cinco regiões (centro, norte, sul, leste e oeste) do município.
Pagando uma única passagem, o usuário que embarcar na zona leste, por exemplo, poderá fazer baldeação no terminal e ir até a norte.
"De uma maneira racional, o terminal vai dar mais economia, segurança e rapidez ao usuário", afirmou Celso Pitta
Atualmente, apenas o Terminal D. Pedro permite integração entre regiões, mesmo assim apenas entre as zonas sul e leste. Os demais fazem integração entre linhas de uma mesma região.
O terminal Princesa Isabel tem 10.800 metros quadrados, é coberto e cercado por grades. Possui nove plataformas e capacidade para atender 15 mil passageiros por dia. Custou R$ 7,5 milhões.
A obra deveria ter sido entregue no final da gestão Maluf, mas o Condephaat (órgão estadual responsável pelo patrimônio histórico) exigiu mudanças no projeto. O terminal fica perto do Palácio Campos Elísios, que é tombado.
O Condephaat determinou que a localização de uma caixa d'água fosse modificada (estaria atrapalhando a visualização do palácio).
Determinou também que árvores (quaresmeiras e ipês) localizadas no terreno fossem preservadas, o que obrigou a adaptação do projeto arquitetônico.
Durante a inauguração, Pitta disse que vai implantar no seu governo a cobrança nos ônibus por catraca eletrônica.
A catraca eletrônica é um projeto antigo da prefeitura que ainda não foi implantado devido à resistência do sindicato dos motoristas e cobradores de ônibus.
Pitta, que não definiu um prazo para a mudança do sistema de cobrança, disse que os cobradores não serão demitidos.
Segundo o prefeito, eles seriam aproveitados em outras funções, como motoristas e bilheteiros.
As empresas de ônibus aguardam apenas um sinal verde de Pitta para fazer a mudança. Elas já fizeram acordos com os fornecedores dos equipamentos.
A adaptação da frota seria feita num prazo de um ano e, segundo o presidente da São Paulo Transportes, Francisco Christovam, o custo do sistema seria reduzido em 20%.

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