São Paulo, terça-feira, 13 de maio de 1997 |
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Ex-ídolo gremista vira cantor de tangos
LÉO GERCHMANN
Atílio Genaro Ancheta Weigel se tornou cantor de tangos, boleros e outros ritmos latinos. Pepara-se para lançar seu segundo CD e, mediante um cachê de R$ 1.000,00, faz uma média de duas apresentações por semana em festas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Uruguai. Ancheta marcou Pelé na Copa de 70 e foi escolhido pela imprensa o melhor zagueiro da competição -na qual o Brasil se tornou tricampeão. Em 1971, transferiu-se do Nacional (Uruguai) para o Grêmio. Foi o capitão da equipe gaúcha durante nove anos da década de 70 -de 1971 até 1979. Em dezembro do ano passado, foi eleito novamente pela imprensa uruguaia o melhor zagueiro do país nos últimos 25 anos. Ancheta, no entanto, é naturalizado brasileiro desde 1975 e, há mais de 25 anos, mora em Porto Alegre. "Vivi momentos maravilhosos no Grêmio e acabei ficando", disse ele, que foi o capitão gremista durante todo o período em que jogou no estádio Olímpico, aonde ainda vai na condição de torcedor. Quando jogava, Ancheta -ou "Papito", como até hoje é conhecido no Grêmio- cantava músicas românticas na concentração. A preferida era "La Barca". A atividade de cantor começou a ser levada a sério em 1990, depois de ter sido gravado "por brincadeira" o primeiro CD, em 1989. As músicas eram clássicos como "Solamente una Ves", "Perfidia", "La Barca" e "Besame Mucho". "Hoje há colorados que dizem ter torcido contra ele um dia, mas que são agora seus fãs. O assédio feminino é intenso, mas eu não me importo. Sei que ele me respeita", conta a gaúcha Nádia, que faz as vezes de empresária do marido. Além de cantar, Ancheta trabalha como orientador em duas escolinhas de futebol -uma própria e outra do Sesc (Serviço Social do Comércio). "Mas penso em seguir carreira de cantor no futuro", diz. O segundo CD, gravado em Montevidéu, está para ser lançado, com músicas dos compositores uruguaios Carlos Flores e Eduardo Milan. Haverá veiculação de propagandas em emissoras de rádio e TV e por meio de "mala direta". Nádia é a segunda mulher de Ancheta, que chegou a Porto Alegre casado com uma uruguaia, de quem se separou. Ancheta tem três filhos do primeiro casamento, dois do segundo e quatro netos. Texto Anterior: PSG monta 'esquema anti-Ronaldinho' para ser bi Próximo Texto: Brasil Esportivo Índice |
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