São Paulo, terça-feira, 13 de maio de 1997
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Rússia assina novo acordo de paz com separatistas tchetchenos

Documento não estabelece status final da república

PHIL REEVES
DO "THE INDEPENDENT", EM MOSCOU

O presidente Boris Ieltsin previu ontem o fim dos 400 anos de conflitos entre a Rússia e a Tchetchênia. Foi mais uma expressão de uma esperança do que propriamente uma avaliação baseada nos fatos recentes.
Mas Ieltsin não ficou apenas nas palavras: ele assinou um novo tratado de paz com a pequena república caucasiana.
Em um ato que vai enfurecer seus oponentes, Ieltsin assinou o acordo em Moscou durante seu primeiro encontro com Aslan Maskhadov desde que o ex-comandante separatista foi eleito presidente da Tchetchênia.
O documento obriga os dois lados a uma formal rejeição do uso ou ameaça do uso de força. Mas não define o status da Tchetchênia, que deve continuar sendo uma grande fonte de tensões.
Apesar de continuar em vigor um acordo anterior que adiou a decisão por cinco anos, o documento de ontem contém uma cláusula estabelecendo que as partes vão manter relações de acordo com as "normas do direito internacional", uma frase que os tchetchenos acreditam acenar para sua aspiração de independência.
Um ponto importante do documento sugere que os dois lados se aproximam de um acordo sobre petróleo -um dos fatores que determinou a decisão de Moscou de enviar tropas à região.
A importância desse novo acordo do vai depender de vários fatores. Ieltsin vai encontrar muita resistência, e há dúvidas sobre a capacidade dos tchetchenos de manter a ordem em seu território. Anteontem, sete russos foram feitos reféns por bando armado.

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