São Paulo, quarta-feira, 14 de maio de 1997 |
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Detentos fazem rebelião em Hortolândia
DA FOLHA CAMPINAS Três presos mantiveram como reféns ontem, por cinco horas, nove agentes da penitenciária 1 de Hortolândia (20 km de Campinas).O motim começou às 11h30 e terminou às 16h30 com a libertação dos reféns e a transferência dos presos para a penitenciária de Itapetininga (170 km de São Paulo). Dois funcionários sofreram ferimentos leves. Durante o motim, 18 agentes penitenciários estavam no local. "Esse número está bem abaixo do ideal", afirmou Rossler. Segundo ele, o número total de funcionários é 140, sendo que o ideal são 250 agentes. A penitenciária tem capacidade para abrigar 538 presos e ontem estava com 772 pessoas. Os presos Wendel dos Santos Gomes, Cleuço de Oliveira e Alexandre Moreira de Freitas já estavam cumprindo 30 dias de isolamento porque tentaram fugir do presídio. "Anteontem à noite, eles serraram a cela de isolamento e tentaram nova fuga. Isso agrava suas penas", disse o diretor. Segundo ele, Gomes é condenado a 36 anos por assaltos, os outros dois detentos cumprem aproximadamente oito anos pelo mesmo crime de Gomes. Quando estavam voltando para a cela, eles renderam um agente e chegaram até o refeitório, onde mais oito funcionários estavam almoçando. Os presos estavam armados com três estiletes e duas facas de cozinha. Eles teriam ameaçado de morte os reféns, segundo um agente que não quis se identificar. Um agente tentou escapar de um dos presos e levou uma estiletada em uma das mãos. Um outro funcionário que estava na lavanderia conseguiu fugir. Ele pulou um alambrado com cerca de 3,5 metros de altura e se feriu na perna e no braço. Ele foi levado para o Hospital Mário Gatti, em Campinas (99 km de SP). Segundo o diretor, os ferimentos foram leves. Texto Anterior: SC tem segundo motim em 48 h Próximo Texto: Detenção transfere oito pessoas Índice |
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