São Paulo, quinta-feira, 15 de maio de 1997
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Falta de escola é agravante

ANDRÉ LOZANO
DA REPORTAGEM LOCAL

Para o promotor da Vara da Infância e da Juventude de São Paulo Marco Antonio Ribeiro Lopes, a falta de infra-estrutura nas regiões mais carentes da cidade, como as zonas sul e leste, propicia maior número de casos de violência contra crianças e adolescentes.
"As periferias dessas regiões têm carência de escolas, creches e hospitais. Além disso, concentram grande parte da população desocupada, vítima da violência social, como o desemprego. Esses fatores proporcionam o desenvolvimento da violência contra o menor", afirmou Lopes.
"As zonas sul e leste concentram hoje os bolsões de miséria em São Paulo -formam a mancha da violência, que está diretamente associada à injustiça social", disse o coordenador da Comissão de Direitos Humanos da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil), Jairo Fonseca.
Equipamentos de cidadania
Para o padre Júlio Lancelotti, da Pastoral do Menor, "a violência contra a criança é um reflexo da violência contra a mulher".
Segundo ele, as creches e escolas são "equipamentos de defesa da cidadania".
"Como hoje temos falta de vagas em creches e escolas, as crianças pobres ficam em casa e, por isso, mais tempo expostas a riscos de maus-tratos."
Padre Júlio diz que os "equipamentos sociais servem para prevenir situações de violência contra menores".
(AL)

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