São Paulo, quinta-feira, 15 de maio de 1997
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Apitaço critica reforma do ensino técnico

LUCIANA BENATTI
FERNANDO ROSSETTI

LUCIANA BENATTI; FERNANDO ROSSETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Manifestação reuniu cerca de 2.000 pessoas em passeata na região central de São Paulo, na manhã de ontem

Um protesto contra a reforma do ensino técnico e tecnológico, determinada em abril por um decreto do governo federal, reuniu ontem cerca de 2.000 pessoas em São Paulo, segundo a Polícia Militar.
O decreto separa, a partir do ano que vem, o ensino técnico do ensino regular de 2º grau. A crítica dos manifestantes é que essa separação empobrece o ensino técnico e dificulta a sua realização.
O MEC (Ministério da Educação e do Desporto) argumenta o contrário. "Nós estamos valorizando o ensino de 2º grau -pois qualquer profissional hoje tem que ter uma formação geral sólida- e ao mesmo tempo dando um tratamento específico para o ensino profissionalizante", afirma o diretor do Departamento de Educação Média e Tecnológica do MEC, Ruy Berger.
Os manifestantes -alunos e pais, professores e funcionários de escolas técnicas- se concentraram a partir das 9h30 em frente à sede do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (Ceeteps), na praça Coronel Fernando Prestes (região central).
Depois de promover um apitaço e protestar contra o fechamento dos portões da instituição, os manifestantes seguiram em passeata até o prédio da Secretaria de Ciência e Tecnologia, na avenida Rio Branco (na região central).
O Ceeteps reúne atualmente 99 escolas técnicas no Estado de São Paulo. É uma autarquia do Estado vinculada à Secretaria de Ciência e Tecnologia.
A manifestação, organizada pelo Sinteps (sindicato dos funcionários do Ceeteps), contou com o apoio de entidades estudantis como a Upes (União Paulista dos estudantes Secundaristas), a Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) e a UEE (União Estadual dos Estudantes).
Alunos e professores de escolas técnicas de Campinas, Santos e Sorocaba também participaram.
Às 12h, a passeata chegou à secretaria. Os estudantes ocuparam o pátio e promoveram novo apitaço. O secretário de ciência e Tecnologia, Emerson Kapaz, não estava presente para recebê-los.
Em São Paulo, as manifestações estão previstas para o dia 20. Segundo Lopes, a antecipação deve-se a uma possível greve do metrô no dia 20.

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