São Paulo, quinta-feira, 15 de maio de 1997
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Efeito da alta do IOF é 'nulo', diz Fenabrave

ARTHUR PEREIRA FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

O aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 6% para 15% não deve provocar queda nas vendas de carros este mês.
A Fenabrave, federação das concessionárias de veículos, prevê volume recorde de negócios em maio. "O mercado vai crescer entre 3% e 4%", diz Sérgio Reze, presidente da entidade.
No mês passado, o setor comercializou 208.484 veículos -entre carros, caminhões, ônibus, máquinas agrícolas e motos-, 10,6% mais que no mês anterior.
"Por enquanto, o efeito do IOF sobre as vendas é praticamente nulo", afirma Reze. "Um aumento de R$ 40 em uma prestação de R$ 800 não é significativo."
Segundo dados da Fenabrave, a cobrança integral do IOF deixaria o carro entre 3% e 6,5% mais caro.
Mas, segundo Reze, o aumento não deve ser repassado aos consumidores. Algumas concessionárias, conta, já negociam com os bancos. Querem que eles absorvam a elevação do imposto.
Reze prevê maior participação do leasing (aluguel com opção de compra) na venda de carros. Não há cobrança de IOF nas operações de leasing. Segundo cálculos da entidade, a prestação do leasing chega a ser 26% menor que a do financiamento.
Atualmente, apenas 3,9% dos carros nacionais são vendidos pelo leasing. O crédito direto ao consumidor representa 44,6% dos negócios. "Deve ocorrer redução de dois ou três pontos percentuais no financiamento, que serão transferidos para o leasing", prevê Reze.

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