São Paulo, quinta-feira, 15 de maio de 1997
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UE questiona fusão de empresas aéreas

DE PARIS

A fusão de duas gigantes da aviação mundial, a Boeing e a McDonnell Douglas, pode gerar uma guerra comercial entre os EUA e a União Européia.
Antes mesmo de ela ser concretizada, o comissário europeu responsável pela concorrência, Karel Van Miert, declarou que a fusão é inaceitável.
Na avaliação dele, as duas empresas vão controlar, juntas, 85% do mercado europeu. Miert se referiu ao mercado de aviões em exploração.
A Boeing, por sua vez, ameaçou a comissão, dizendo que o caso será levado ao governo dos Estados Unidos caso ela se pronuncie contrariamente ou imponha restrições à fusão.
As restrições da comissão ao processo devem ser divulgadas até o final de maio e a decisão final, em 31 de julho.
O problema por trás dessa polêmica é o acordo firmado entre os Estados Unidos e a União Européia referente às subvenções para o desenvolvimento de aviões comerciais.
Na avaliação da comissão, a fusão das duas empresas poderá camuflar a transferência, para o setor comercial, de tecnologia desenvolvida para aviões militares.
Isso pode acontecer por dois motivos, na avaliação da comissão: primeiro, porque a McDonnell é um importante fornecedor das Forças Armadas dos EUA; segundo, porque o sistema de subsídios norte-americanos seria "pouco transparente".

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