São Paulo, quinta-feira, 15 de maio de 1997 |
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Risco à vista
CARLOS SARLI Toda semana, novos projetos ligados aos esportes de ação chegam à redação.Aventuras solitárias como a do ciclista disposto a pedalar dias pela Patagônia, o escalador experimentado disposto a fazer a via mais difícil do El Captain, o pára-quedista determinado a enfrentar os 50 graus negativos para saltar sobre o Pólo Norte... e por aí vai. Com menor (e muito menor) frequência, nos procuram empresas interessadas em patrocinar estes atletas e seus objetivos arrojados. Quando estas aparecem, muitas vezes voltam atrás ao saber das reais dificuldades e riscos dos esportes de ação. Não os riscos físicos, administráveis e garantidos com técnica e equipamentos de segurança, mas os riscos de retorno: o que não é absolutamente mensurável para a maioria dos marketeiros não merece o investimento. Para a sorte de alguns autores desses projetos, cada vez mais eles estão sendo casados com os meios de comunicação, quando não desenvolvidos pelos próprios. É o que vem fazendo o "Fantástico", que contratou a Clear Light, dos cineastas-atletas-aventureiros Sylvestre Campe e Michael Sonkin, e a cada semana traz uma nova aventura. Outra forma encontrada por profissionais de marketing competentes é produzir material (texto, filme e fotos) de tal qualidade que se torne irresistível para os meios de comunicação utilizarem. É o caso da grife carioca Redley, que tem promovido expedições com sua equipe de surfe, gerando reportagens com seu merchandising, que preenche o horário da ESPN Brasil. Como existe gosto para tudo -e isso vale para leitores, ouvintes, telespectadores, produtores, patrocinadores-, o entediante vôlei de praia realizado em um centro urbano qualquer continua merecendo mais visibilidade. Texto Anterior: Vamos ficar de olho no Congresso Próximo Texto: Calendário errante; Longboard; WCT Japão Índice |
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