São Paulo, quinta-feira, 15 de maio de 1997
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Estrangeiras viram 'objeto do desejo'

DA REPORTAGEM LOCAL

A corrida para formação de supertimes para a temporada 97/98 está transformando as jogadoras estrangeiras em novas vedetes.
Fortes patrocinadores, sete no total, amealharam as principais jogadoras brasileiras. O ranking da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei), que prevê uma jogadora de sete pontos por equipe, colaborou para que isso acontecesse.
Resultado: estrangeiras são vistas como fator de desequilíbrio. E com vantagem: podem custar até 30% mais barato que uma estrela nacional. No entanto, o mesmo ranking também limita a presença de estrangeiras em duas por time.
"O diferencial será formado por dois fatores: as estrangeiras e o trabalho do técnico", diz Sérgio Negrão, do Leites Nestlé, que renovou contrato com Tara Cross-Battle (EUA) e Susanne Lahme (ALE).
"A estrangeira que vier tem que ser para desequilibrar. Não pode ser mais uma no time", afirma Chico dos Santos, do MRV/Minas.
A Folha apurou que o salário médio de uma estrangeira é de US$ 150 mil por temporada.
Mesmo entre as estrangeiras, há disputa. Como a que se trava para a contratação da atacante holandesa Cintha Boersman, que tem proposta do Aché e do MRV/Minas.
"Há jogadoras que estão num nível acima das demais em qualquer lugar do mundo, como Ana Moser e Fernanda Venturini. A Cintha pertence a esse grupo", diz Paulo Guerra, consultor do laboratório Aché.
Outras equipes, como o BCN e Uniban, embora não anunciem seus contatos no exterior, também tentam contratações.
Hoje, acontece o lançamento da equipe do Laboratório Aché, que deve se chamar Dayvit, nome de um polivitamínico.

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